Introdução

Fonte: Pinterest.

Bem-vindo ao nosso blog!

O intuito é ampliar o conhecimento do leitor sobre fatos importantes do Brasil Império. Para isso, apresentamos alguns dos principais temas ocorridos nesse período.

Pedro I do Brasil

Fonte: pt.wikipedia.org

Dom Pedro I ( D.Pedro de Alcântara e Bragança nasceu em 12 de outubro de 1798 em Queluz Portugal, filho de João VI e Carlota Joaquina. Veio ao Brasil com 9 anos de idade junto com a corte portuguesa fugindo de Napoleão e seu exército.

Governou o Brasil como Príncipe regente e após a Independência do Brasil se tornou o primeiro imperador do Brasil e após a morte de seu pai se torna monarca de Portugal e abandona o trono brasileiro.

O principal marco de Dom Pedro I, onde antes era Príncipe Regente nomeado por seu pai Dom João VI, foi declamar a independência do Brasil do Reino Unido de Portugal e Algarves em 7 de setembro de 1822,  quando ocorreu o famoso Grito de Ipiranga “Independência ou Morte” as margens do Rio Ipiranga em São Paulo, dando inicio ao Primeiro Reinado e ao Brasil Império.

Dom Pedro também marcou o dia do fico ao permanecer no Brasil , após pedido da coroa portuguesa, no dia 09 de janeiro de 1822.

O Primeiro Reinado (1822-1831) teve início com a Independência do Brasil. O governo de Dom pedro foi centralizador e autoritário. O Brasil passava por diversas dificuldades e, portanto, o descontentamento da população aumentava cada vez mais, e foi marcado pela criação da Constituição Imperial, ou a Primeira Constituição que ampliava os poderes do imperador, criado  por D.Pedro I, e marcado também pela Guerra da Cisplatina.

Abdicação de Dom Pedro I:

Com a morte de Dom João VI, Dom Pedro foi nomeado monarca de Portugal, mas abdicou da Coroa em nome de sua filha Maria II com apenas 07 anos de idade, porém quem assumiu foi o irmão mais velho de Dom Pedro I, Dom Miguel.

Com pressão de Portugal para a volta de dom Pedro I ele abdicou do trono do Brasil em 07 de abril de 1831,  em nome do seu filho Dom Pedro II na época com 5 anos de idade, que não tinha idade para governar e assim dando inicio ao Período Regencial e retornou a Portugal com o título de Duque de Bragança.

Dom Pedro I morreu no palácio de Queluz após contrair tuberculose e morreu aos 36 anos.

Dom Pedro I ao que parece, tinha um certo costume de abdicar de tronos em prol dos seus filhos pequenos, demonstrando uma irresponsabilidade com o povo e o país que governara.

Guerra da Cisplatina

Fonte: brasilescola.com.br

A guerra da Cisplatina foi um conflito armado entre o Império do Brasil e As províncias unidas do rio da prata pela posse da província Cisplatina.

Localizada na entrada do estuário do Rio da Prata, a Província Oriental era uma área estratégica, já que quem a controlava tinha grande domínio sobre a navegação em todo o rio, acesso aos rios Paraná e Paraguai, e via de transporte da prata andina.

A região da Cisplatina (atual Uruguai) era um local de tensão e atrito desde o período colonial. A disputa pela Cisplatina teve como marco estipulado pelos historiadores o ano de 1680, quando a Coroa Portuguesa autorizou a construção de um forte na margem oriental do Rio da Prata. Surgia nesse momento a Colônia de Sacramento.

A Colônia de Sacramento foi disputada por muito tempo por portugueses e espanhóis, sendo assinado diversos tratados entre eles O de Madrid (1750) o de El Pardo (1761) e o de Santo Ildefonso (1777)

Em 1808 D.João VI ordenou a invasão da Colônia do Sacramento e a nomeou de Cisplatina

Por causa da tensão permanente na Cisplatina, iniciou-se uma rebelião, em 1825, organizada por Juan Antonio Lavalleja. Nessa rebelião, Lavalleja e seus aliados (conhecidos como “33 orientais”) declararam a separação da Cisplatina do Brasil e a sua vinculação com as Províncias Unidas.

Em 10 de dezembro de 1825, Dom Pedro I declarou guerra ás Províncias Unidas, começando a Guerra da Cisplatina, que durou até o ano de 1828 com destaque para as Batalhas do Rincão das Galinhas, Batalha de Juncal e a Batalha de Ituzaingó.

Após duras derrotas militares, o Brasil assinou a Convenção Preliminar da Paz em 27 de agosto de 1828 dando fim á guerra da Cisplatina.

Essa guerra teve muitas conseqüências negativas para o Brasil, ampliou a crise econômica, desvalorizou a moeda pois a Casa da Moeda aumentou a fabricação com a guerra, e a reputação de Dom Pedro I diante do povo caiu ainda mais.

Período regencial

Fonte: brasilescola.com.br.

Quando D.Pedro I, abdicou do trono as 2 horas da madrugada de 7 de abril de 1831, seu filho e herdeiro ainda era muito novo para assumir assim o pais foi deixado na mão de um Governo Regencial enquanto D. Pedro II era preparado para assumir o trono. O período regencial durou de 1831 até 1840, e contou com quatro regências:  A Provisória Trina, a Permanente Trina, A Una de Feijó e a Una de Araújo Lima.

Um período constantemente marcado por revoltas, por insatisfação popular com os regentes, dentre as revoltas podemos destacar:  Cabanagem no Grão-Pará, Balaiada no Maranhão, Sabinada na Bahia, a Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul e também a Revolta dos Malês na Bahia.

A Regência Trina Provisória composta por três senadores:  Francisco de Lima e Silva, Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e José Joaquim Carneiro de Campos, como o nome já sugere, foi uma regência de caráter provisório sendo substituída pela Regência Trina Permanente que durou de 1831 a 1835, por eleição a Trina Permanente era composta por: deputados José da Costa Carvalho e João Bráulio Moniz do Maranhão e pelo senador Francisco de Lima e Silva, e foi marcado pelas reformas das escolas de medicina do Rio e de Salvador, a Reforma Liberal, e a criação da Guarda Nacional que foi usada para reprimir violentamente as revoltas ocorridas no período.

A Regência Una de Feijó foi uma das duas regências composta por apenas um regente, sendo ele o Padre Diogo Antônio Feijó e renunciou em 1837, e assumiu interinamente Pedro de Araújo Lima marcando a Regência Una de Araújo Lima, o último regente, até ser eleito em 1838, e governou até 1840.

Com o fracasso do Período Regencial, marcado por grandes revoltas e insatisfação popular, ocorreu o Golpe da Maioridade que antecipou a maioridade de Dom Pedro II para que pudesse governar o país.

Revolta do Malês

Fonte: beduka.com

O palco desse acontecimento foi na capital Salvador, província da Bahia, no dia 25 de janeiro ano de 1835. Na região, havia muitos negros escravos e libertos, a capital baiana era uma das principais cidades escravistas do país, tendo sua população formada por apenas 22% dos brancos livres.Os escravos não se conformaram com a escravidão e imposição da religião católica. Vale ressaltar que os negros de Salvador eram na sua maioria de origem muçulmana, dando origem ao nome da revolta “Malê” oriunda de imalê, expressão que no idioma Iorubá significa muçulmano. A revolta contou com a participação de 600 africanos escravizados, e os líderes dela combinaram para que ela acontecesse no final do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos. A revolta ficou marcada exatamente para o dia de Lailat al-Qadr, a festa da Noite da Glória — momento em que o Corão foi revelado para Muhammad (Maomé), o profeta do islamismo.

O grupo de escravos que formavam o grupo de revoltosos, eram os conhecidos como “negros de ganho”, ou seja, vendiam produtos pelas redondezas e traziam metade do que recebiam para seus donos

A Revolta dos Malês terminou antes mesmo de começar, isto porque a revolta havia sido denunciada e o planejamento ruiu-se, por ser uma revolta com certa motivação religiosa, os escravos revoltosos usavam uma espécie de abada branco e amuletos do islamismo, sendo facilmente identificados.

O combate durou horas em Salvador, tendo como baixas 70 africanos revoltosos e 9 dos que lutavam contra os rebeldes, a Revolta acabou num lugar chamado “Água dos Meninos” onde os africanos encurralados buscaram fugir pelo mar e morreram afogados.

As punições contra os envolvidos foram severas e alcançaram até os libertos que não se envolveram com a dita revolta. Os punidos sofreram com a prisão, o açoite, a deportação e a execução. Ao todo, quatro dos envolvidos foram condenados à morte, sendo eles: Jorge da Cruz Barbosa (Ajahi), Pedro, Gonçalo e Joaquim. Esses quatro foram executados por fuzilamento.

A Revolta teve como líderes: Ahuna; Pacífico Licutan; Sule ou Nicobé; Dassalu ou Damalu; Gustar; Manoel Calafete (liberto); Luís Sanim; e Elesbão do Carmo ou Dandará, e por ter sido denunciada a revolta durou menos de um dia.

Cabanagem

Fonte: aventurasnahistoria.uol.com.br

Cabanagem foi uma revolta popular ocorrida entre 1835 e 1840, na província de Grão-Para, recebeu esse nome por causa que seus participantes em sua maioria pobres moravam em cabanas, pretendiam se rebelar contra o governo regencial e criar sua própria província e buscava melhores condições de vida e os fazendeiros participantes queriam maior participado nas decisões administrativas e políticas da província.

Pobres, os cabanos formados em sua grande maioria por mestiços e índios, viviam na miséria total, sem trabalho e sem condições adequadas de vida. Essa condição levou aos cabanos um certo sentimento de desprezo do governo regencial. Junto com os comerciantes e fazendeiros da região, que estavam insatisfeitos pelo governo regencial ter colocado um presidente na província que não os agradara, Teve inicio a revolta em 1835 com cerca de 30 mil mortos em cinco anos de combate.

Em 1835 os cabanos ocuparam a capital Belém e foi nomeado presidente Félix Malcher, um fazendeiro que fez acordos com o governo regencial, traindo os cabanos, que o mataram e colocaram o lavrador Pedro Vinagre no lugar.

Com a Guarda Nacional e o auxilio de mercenários europeus, os cabanos foram violentamente reprimidos sem alcançar seus objetivos.

A Sabinada

Fonte: escolaeeducacao.com.br

A sabinada foi uma revolta separatista temporária, que pretendia criar a República baianense até a chegada de D. Pedro II a maioridade.

Seu líder foi Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, e João Carneiro da Silva daí o nome sabinada e seus principais motivos de revolta foi a insatisfação com o Governo Regencial.

No dia 7 de novembro de 1837, deu se inicio a revolução com a invasão da Câmara Municipal de Salvador, A sabinada que tinha como líderes Francisco Sabino e João Carneiro da Silva, proclamaram a chamada  "República Baiana" livre e independente do mando imperial. O movimento se iniciara na noite anterior, quando os rebeldes tomaram o Forte de São Pedro. Durante a madrugada, marcada por violência, o levante conseguiu render e depor os homens do poder local aliados ao governo central, que se refugiaram na região de Cachoeira durante os quatro meses que durou a República.

Após dominar alguns quartéis em Salvador, os rebeldes não conseguiram a adesão dos senhores de terras do Recôncavo, nem encontraram apoio significativo junto à população escrava. Isso se deu porque os senhores de engenho se assustaram com as declarações dos líderes da Sabinada que, prometeram libertar os cativos nacionais caso estes pegassem em armas ao lados dos revoltosos. Embora a ameaça tenha se limitado apenas aos negros nascidos no Brasil e não tenha sido levado inteiramente a cabo, as camadas mais altas da sociedade mantiveram uma imagem antiescravista errada e forjada da revolta.

Sem apoio popular, nem por parte da elite, o movimento foi facilmente dissolvido pela Guarda Nacional.

Golpe da Maioridade

Fonte: historiazine.com

Motivado pelo fracasso do período regencial, os liberais começaram a agitar o povo a pressionar o senado, para declarar Dom Pedro II maior de idade antes dos seus 15 anos para que pudesse governar o Brasil, e assim pôr fim as disputas políticas que assolavam o Brasil tais quais: Guerra dos Farrapos, Sabinada, Cabanagem, Revolta dos Malês e Balaiada. Em 23 de Julho de 1840, Dom Pedro II, junto com o Partido Liberal, pois fim ao período regencial Brasileiro. O partido liberal usou do povo e a instabilidade política causada pelo Governo Regencial, pressionou o Senado para declarar o Imperador maior de Idade.

Dom Pedro II com seus 14 anos de idade, governou com o recém instaurado Ministério da Maioridade, que era também conhecido como Ministério da Irmandade por ser formado por duas duplas de irmãos os Andrada sendo eles, Antônio Carlos e Martim Francisco e os Cavalcanti, Antônio Francisco de Paula e Francisco de Paula.

Barão de Mauá

Fonte: sunoresearch.com.br

Irineu Evangelista de Souza,  mais conhecido Barão de Mauá ou Visconde de Mauá ,foi um comerciante, armador, industrial e banqueiro brasileiro, responsável por contribuir na industrialização do Brasil na época do Império e também contribuiu na criação da primeira ferrovia brasileira, a estrada de ferro Mauá na cidade de Magé no Rio de Janeiro, a implantação da primeira fundição de ferro do país, além de grandes feitos como a instalação da iluminação pública a gás no Rio de Janeiro e a criação do Terceiro Banco do Brasil, é considerado também o Patrono dos Transportes no Brasil.

Nascido em uma família de proprietários de pequena estância de criação de gado no Rio Grande do Sul, na fronteira com a República do Uruguai, Irineu Evangelista de Sousa ascendeu socialmente pelos seus próprios méritos, estudos e iniciativa, sendo considerado um dos empreendedores mais importantes do Brasil, no século XIX, estando à frente de grandes iniciativas e obras estruturadoras relacionadas ao progresso econômico no Segundo Reinado.

Foi um dos responsáveis a instalar o liberalismo econômico, e defensor ferrenho da abolição da escravatura, além de ser totalmente contra ao tráfico de escravos.

Proprietário de 17 empresas em 6 países diferentes, é considerado pelos registros históricos como o primeiro grande industrialista brasileiro.

Guerra do Paraguai

 

Fonte: brasilescola.com.br

A guerra do Paraguai ocorreu em dezembro de 1864 a março de 1870.

Foi considerado o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul e foi travada pelo Paraguai e pela tríplice aliança (Brasil, Uruguai e Argentina), aproximadamente 60 a 70% da população paraguaia morreram nessa guerra.

Ambicioso, o Imperador Paraguaio Francisco Solano López, já orquestrava uma invasão, com o grande sonho de formar o Império Paraguaio  denominado de o Grande Paraguai, que envolveria territórios da Argentina, Uruguai e até mesmo do Brasil , investindo pesado no seu exército, instalou serviço militar obrigatório e reforçou o poderio bélico do Paraguai.

O Brasil envolvido na guerra do Uruguai, depôs o uruguaio Anastasio Aguirre o que causou o fim da Guerra do Uruguai e insatisfação a Franciso López, pois contrariava seus interesses, um dos motivos para que se iniciasse o conflito.

Tudo começou com um aprisionamento no porto de Assunção do barco brasileiro Marquês de Olinda que se encontrava o presidente da província do Mato Grosso, Frederico Carneiro  de Campos, que morreu em uma prisão paraguaia.

Após algumas incursões armadas do Paraguai , Brasil e Argentina junto com o Uruguai, formaram uma Tríplice Aliança, juntos combateram e derrotaram o Paraguai, que teve perdas humanas entre cerca de 300 mil pessoas, mortos em decorrência além do combate armado, da fome e das epidemias que assolavam as tropas, destaque para as batalhas de Curupaiti, em que as forças da Tríplice Aliança saíram derrotadas, e da Batalha Naval de Riachuelo, onde a Marinha Brasileira destroçou as forças navais paraguaias, e formando um bloqueio naval impedindo o Paraguai de receber provisões.

Proclamação da República

Fonte: anamaria.uol.com.br

A Proclamação da República Brasileira foi um golpe político militar, que ocorreu em 15 de novembro de 1889, que instaurou o governo republicano presidencialista no Brasil, destituindo o Imperador D.Pedro II e encerrando a monarquia brasileira, e o período conhecido como Brasil Império.

A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país, instituindo um governo provisório republicano, que se tornaria a Primeira República Brasileira.

O movimento de 15 de novembro de 1889 não foi o primeiro a tentar uma república no país, huove outros movimentos como : Inconfidência Mineira, Revolução Pernambucana, Revolução Farroupilha e Confederação do Equador.

A partir da década de 1870, como consequência da Guerra do Paraguai, a elite temendo alguns fatores como: O fato do imperador D Pedro II não possuir filhos somente filha, a princesa Isabel que era casada com um francês, o que gerava desconforto pelo motivo de um país ser governado por um estrangeiro, e negros que foram para a guerra e continuaram sendo escravos. Esse período ficou conhecido como Crise da Monarquia, além da perda de prestígio da monarquia em diversos setores : econômicos (devido a crise econômica na época) religioso e militar.